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Há 10 anos, o Brasil era nosso!

Paulista F.C. no estádio São Januário no dia 22 de junho de 2005.
Em pé: Victor, Réver, Fábio Vidal, Elvis, Dema, André Leonel, Abraão, Cristian, Anderson e Rafael Bracali.
Agachados: Fernandinho, Jefferson, Amaral, Juliano, Julinho, Lucas e Fábio Gomes.


22 de junho, uma data que jamais será esquecida pelo torcedor tricolor. Foi nela, que em uma noite fria de inverno, jogando no Rio de Janeiro, o Paulista conquistou a maior de suas glórias, tornando-se campeão da Copa do Brasil, elevando a sua história ao patamar mais alto e levando o seu nome para além das fronteiras nacionais.

Graças ao vice-campeonato estadual conquistado um ano antes, o Galo ganhou o direito de disputar a competição. Foi uma trajetória enfrentada com garra e que já começou difícil. 

Poucos se lembram deste detalhe, mas a tabela inicial da competição previa na primeira fase o enfrentamento contra o Glória, um pequeno clube gaúcho. Mas o clube de Vacaria desistiu e sua vaga ficou com o Juventude, que então figurava na Séria A do Campeonato Brasileiro. Na primeira partida, no Jayme Cintra, de cara uma vitória suada, conquistada no último minuto com gol de pênalti de Davi. Um prenúncio de que o caminho não seria fácil. A pequena vantagem foi suficiente para segurarmos o empate em Caxias do Sul e termos o direito de enfrentar o Botafogo carioca.

O Glorioso veio até Jundiaí e, debaixo de muita chuva, arrancou um empate com um gol duvidoso. Muitos já davam como certa a eliminação da equipe jundiaiense que jogaria no Maracanã e tremeria diante das grandezas do estádio e do adversário. Mas quem fez tremer foi o Galo. Fez tremer de alegria os corações dos torcedores conquistando heroicamente a classificação no maior estádio do mundo.

Nas oitavas de final, o Internacional de Muricy Ramalho. O mesmo técnico que pouco mais de um ano antes havia nos privado do direito de sermos campeões paulistas, quando comandava o São Caetano. O Paulista começava a se agigantar. No Beira-Rio lotado perdeu pela contagem mínima. No jogo de volta, num dos jogos mais fantásticos da história tricolor, devolveu o placar e na mais dramática das decisões por pênaltis conseguiu avançar ainda mais.

Nas quartas, o não tão grande, mas nem por isso, menos difícil, Figueirense. Mais uma vez a vaga contra o time catarinense foi decidida nos pênaltis. E não há decisões como estas que não sejam dramáticas.

O Paulista avançava e então veio o Cruzeiro, com uma equipe que atropelava os seus adversários e tinha o matador Fred em seu ataque. Mas nós tínhamos Mossoró, Rafael Bracali, Cristian, Fábio Gomes, Dema, Réver, Anderson, Julinho e outros brilhantes guerreiros, que sob o comando do eterno capitão Mancini, não deixaram de acreditar em nenhum segundo. Nem mesmo quando o placar adverso de três gols de diferença em pleno Mineirão parecia que acabaria com o sonho. Não era hora e nem vez disso. Como num passe de mágica, Cristian soltou a perna não uma, mas duas vezes, para levar ainda mais o Paulista próximo do paraíso.

E quando Paulista e Fluminense entraram no gramado do Jayme Cintra, o impossível havia se tornado possível. A torcida sabia que chegara a hora e fez uma das festas mais lindas vistas em Jundiaí. Mais uma vez dentro de campo, os guerreiros corresponderam. Mossoró e Léo foram os encarregados de fazer o Alçapão da Serra tremer e continuar sonhando.

Ainda tinha a última batalha. O Paulista precisava segurar por 90 minutos a pressão do Fluminense, enquanto o torcedor tricolor segurava o coração no peito e o grito na garganta. E então, ele veio, depois de 96 anos de espera, o Galo da Serra do Japi cantava mais alto em território nacional. O Brasil, enfim, era nosso.

Por toda a história fantástica dessa conquista e também pelas tantas outras nesses mais de 100 anos, é que devemos lembrar e comemorar esta data, como aquela que colocou em nossa camisa a estrela dourada que carregamos junto ao peito em cima do nosso belo escudo e que nos faz estufar o peito e encher a boca para dizer, cada vez mais com muito orgulho, que sempre seremos Paulista de Jundiaí!



Capitão Anderson levanta a Copa do Brasil

Torcida do Galo comemorou em pleno estádio São Januário




Lucas, Cristian, Dema e André Leonel reverenciam a Copa do Brasil

Márcio Mossoró, um dos heróis da conquista, é carregado nos ombros

André Zaros, a muralha Rafael Bracali, Wagner Lopes e Lucas com a taça no RJ

Jundiaí parou para receber seus campeões

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