Após 14 anos na elite, o
Paulista volta a disputar a Série A2 do Campeonato Paulista. A estreia acontece
no próximo domingo diante do Independente de Limeira, no estádio Conde Rodolfo
Crespi, na Rua Javari, em São Paulo.
Você se lembra a última vez que
o Galo jogou na capital pela Série A2 do estadual?
Na verdade não é uma pergunta
muito difícil de responder. O jogo em questão foi histórico e inesquecível para
a torcida do Galo. Apesar da derrota dentro de campo, o tricolor conquistou o
acesso naquela que era a penúltima rodada da competição e o jogo contra o
Nacional no Nicolau Alayon ficou marcado pela invasão jundiaiense à Rua
Comendador Sousa e pela briga generalizada após o jogo entre os torcedores do
Galo e a Polícia Militar da capital.
![]() |
| Caravana da torcida tricolor na entrada da cidade de São Paulo em 2001 |
A torcida jundiaiense estava
confiante no acesso, que aconteceria em caso de vitória do Galo. A vitória
emocionante na rodada anterior sobre o Rio Preto no Jayme Cintra entusiasmou
ainda mais a torcida tricolor e a invasão foi sendo construída ao longo da
semana.
No sábado, dia 23 de junho de
2001, mais de 5 mil jundiaienses pegaram as Rodovias Anhanguera e Bandeirante e
partiram rumo à Barra Funda. O Nacional, dono da casa, já não aspirava mais
nada no campeonato, porém dificultou o jogo para o Galo e venceu com um gol de
Nei Bala (ex-atacante tricolor) logo aos 10 minutos de jogo.
Conforme o jogo ia passando a
ansiedade ia aumentando mas o empate não vinha, até que após o apito final
começou um confronto generalizado dos jundiaienses contra a PM, que entrou até
com cavalos na arquibancada para “acalmar” os ânimos.
O motivo do início do confronto
até hoje é uma incógnita, eu estava no jogo e não me lembro porque tudo
começou. Lembro que alguns torcedores invadiram o campo após o final, mas para
pegarem camisas dos jogadores do Galo. No domingo a TV Gazeta mostrou imagens
onde um torcedor teria chutado a cabeça de um policial. O fato é que a confusão
foi grande e muitos torcedores saíram feridos, graças também ao uso de força
desproporcional dos policiais.
Apesar de tudo, nada disso foi
capaz de estragar a festa tricolor que aconteceu no domingo, graças à vitória
do Olímpia sobre o Juventus por 2 a 1, resultado que garantiu o Galo na
Primeira Divisão após 15 anos. Tão logo os resultados do domingo foram sendo
anunciados, iniciou-se a festa com os torcedores invadindo a Avenida Nove de
Julho, tradicional ponto de comemorações da cidade.
O time do Galo que enfrentou o
Nacional no Nicolau Alayon tomado pela torcida tricolor:
Abaixo a ficha daquela
histórica partida:
Nacional 1 x 0 Paulista
NACIONAL: Alessandro; Nelson, Dracena, André
Luís e Alexandre; Alemão, Rogério (Benê), Edílson e Marquinhos; Andreir (Zé
Carlos) e Nei Bala (Leandro). Técnico:
Túlio
Tangione Neto.
PAULISTA: Artur; Dedimar, Ânderson, Jairo e
Julinho (Fábio Vidal); Luís Carlos Goiano (Jean Carlos), Fábio Gomes, Vagner
Mancini e Marlon (Calil); Zinho e Sandro Sotilli. Técnico:
Giba.
Estádio:
Nicolau Alayon (Rua Comendador Souza) – São Paulo, SP
Campeonato Paulista 2001 – Série A2 – 2º
turno – 14ª rodada
23/06/2001 – sábado – 15h
Árbitro: Cléber Wellington Abade
Gol: Nei Bala (9’/1º)
23/06/2001 – sábado – 15h
Árbitro: Cléber Wellington Abade
Gol: Nei Bala (9’/1º)



%2B(1).jpg)