Moisés Cândido, Paulo Fernandes e Douglas Stephens na apresentação do novo técnico do Galo. Foto: Facebook oficial do Paulista F.C. |
O Paulista apresentou na manhã desta segunda-feira, de forma
oficial, o seu novo técnico para a disputa da Série A2 de 2016. Trata-se do
português Paulo Fernandes, mas afinal, quem é ele?
Pois é, eu também gostaria muito de saber.
Desde que ouvi o seu nome na quinta-feira tenho procurado
informações sobre o novo comandante do Tricolor, mas o currículo do português no
futebol é praticamente inexistente, para não dizer nulo.
Confesso que não dá para se empolgar muito com a chegada do
europeu e nem com a parceria que manterá o clube neste ano e trará jogadores
para o elenco. Afinal quem é esse parceiro? Outra pergunta ainda sem resposta.
O jornalista Anelso Paixão, em sua coluna de ontem no Jornal de Jundiaí, informou que o grupo, que aparentemente tem sede em Mônaco, tem como
principal objetivo colocar os jogadores no Paulista como vitrine visando o
mercado europeu e que os contatos foram feitos por meio do ex-presidente do
clube, Marinho Sacchi e de Marco Antônio Dias, que assumiu a frente após o aparente
afastamento de Pitico, com o irmão do ex-jogador da Seleção Brasileira, Júlio
César, que também trabalhou há pouco tempo atrás no Rio Branco de Americana e,
sinceramente, as referências que tenho sobre o seu trabalho lá não são nada
boas. Na verdade são preocupantes, como me disse um amigo americanense.
No domingo também, num trabalho espetacular, o jornalista
Thiago Batista de Olim (produtor da TVE Jundiaí e do site Esporte Jundiaí),
trouxe uma matéria mostrando que o currículo de Paulo Fernandes que já era
pequeno, pode ser considerado nulo. Nem quando passou pelo Grêmio Barueri em
2014, nem quando treinou o Nogueirense, da terceira divisão de Portugal (que é
amadora), o português assinou as súmulas das partidas. Aqui no Brasil por falta de visto de
trabalho, em Portugal por falta do registro de treinador. Preocupante também.
Mas e o Beto Cavalcante?
Esse dá pra saber! Foi simplesmente colocado de lado e pode,
ou não, ser auxiliar do português. Diante dessa verdadeira sacanagem com um
profissional que se dedicou inteiramente ao Paulista nos últimos anos, roendo o
osso e pegando verdadeiros rojões na mão, eu, fosse ele, dificilmente ficaria
no clube.
Nada justo e ético o que fizeram com Beto, mas como em
qualquer lugar quem manda é quem tem o dinheiro...
Enfim, a única certeza até agora é de que o Paulista dá mais
um respiro na sua briga contra o rebaixamento iminente para a Série A3, já que
com a base do time que vinha sendo apresentada, fatalmente isso iria acontecer.
Faltam 20 dias para começar o campeonato e formar um time
capaz de brigar com os favoritos será tarefa dura, resta-nos torcer para que
Paulo Fernandes não seja somente um aventureiro do futebol e que realmente
mostre capacidade para trabalhar num clube centenário e de tanta tradição como
o Paulista... Ou que ele seja o novo José Mourinho.
Veja abaixo a matéria da TVE Jundiaí na apresentação de Paulo Fernandes: