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Zé Dica, um dos maiores guardiões das “canchas” jundiaienses

Em 1946 o jornal A Gazeta de São Paulo publicava semanalmente uma seção chamada “Jundiaí nos Esportes”, onde sempre destacava os principais movimentos esportivos da cidade e também contava com uma coluna chamada “Nome da Semana”.

Eis que na edição de 5 de janeiro daquele ano o grande homenageado foi José Antonio Prado, o popular Zé Dica.

Zé Dica em 1945 com a camisa do São João F.C.

Zé Dica foi um dos maiores goleiros da história do Paulista e do futebol jundiaiense.

Iniciou a sua carreira no Minas Gerais F.C., defendendo o time secundário deste clube por vários anos, de onde passou para o quadro de titulares do Paulista F.C., a convite do seu presidente Tiburcio Siqueira e dos diretores Antonio Braga e Ricardo Malavazzi.

Logo nos primeiros anos no clube das três cores sagrou-se tricampeão da cidade em 1930, 1931 e 1932.

Time do Paulista, campeão da 9ª Região do Campeonato do Interior de 1931.
Destaques para o goleiro Zé Dica, deitado e o experiente centroavante Camargo, o terceiro na linha de
baixo, da esquerda para a direita.

Em 1934 deixou o clube e foi jogar pelo Corinthians Jundiaiense F.C., onde foi vice-campeão.

Retornou no ano seguinte para o Paulista e conquistou mais um título em 1936.

Titular absoluto da vala tricolor foi novamente tri-campeão em 1939, 1940 e 1941, chegando ao espetacular número de sete títulos com a camisa do Paulista.

Paulista F.C., Campeão Jundiaiense de 1939.
Em pé: Sidney Normanton (presidente), Lazinho, Sancho, Polini, Ivo de Almeida e Roberto Basile.
Agachados: Ferreira, Leoneto e Trevisan.
Ajoelhados: Dedão, Zé Dica e Gaúcho.

16 de maio de 1943, Zé Dica, agachado no centro da foto, entre jogadores e diretores do Paulista e da Ponte Preta no antigo estádio da Vila Leme, após amistoso em comemoração ao 34º aniversário do clube jundiaiense , patrocinado pelo tradicional Clube 28 de Setembro e que terminou empatado em 1 a 1.


Em 1945, Zé Dica foi defender o São João F.C. e mais uma vez ajudou o seu clube a levantar uma taça, dessa vez de forma invicta, inclusive com atuações de destaque contra o seu ex-time que não permitiram a este tirar sua invencibilidade.

Dizia a matéria de A Gazeta: “Fazendo justiça a quem merece pelo esforço  e dedicação com que soube defender sempre as cores de uma sociedade, não enfraquecendo nunca na jornada por mais árdua que ela fosse, tem-se que aclamar José Antonio Prado (Zé Dica), braço forte que soube pontilhar uma lídima carreira no futebol...”

Para A Gazeta, Zé Dica falou:

“Quando defendia as cores do Paulista F.C., tive o prazer de conhecer a orientação de bons treinadores, tais como Lilo (Essio Biscardi), Frutuoso e Tatú (Attílio Bragantini), todos denodados tricolores de coração.”

E qual o seu jogo de mais recordação?

“O jogo que mais recordações me deixou foi o encontro com a Internacional de Bebedouro, onde conquistamos a taça “Ministro do Trabalho”, finalizou Zé Dica.


Dedicado à Silviene Dourado Fernandes Borges e à memória de seu amado avô, Zé Dica.

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