Foram 315 dias de espera para 42 dias de esperança, desde quando foi rebaixado pela segunda vez da Série A3 para a Segunda Divisão em três anos até disputar um campeonato profissional novamente.
O torcedor
do Paulista está cansado.
Há algo de
errado acontecendo no Jayme Cintra há tempos.
Um clube
que há 16 anos era campeão do Brasil e que até os seus 109 anos de histórias
nunca tinha jogado a quarta divisão estadual, estar se acostumando a ela, não é
algo normal.
É recolher o
fruto podre do descaso que dirigentes ao longo deste século construíram.
O Paulista
virou o século sem o seu nome, mas com uma gestão profissional, que tirou o
clube do provável descaso para lugares onde ele jamais tinha chegado.
Foi um mal
necessário.
Muitos
torcedores abandonaram o clube pela mudança de nome e nunca mais voltaram. Eu
entendo isso.
Mas pra
quem viu o Paulista ganhar tudo que disputou em 2001, ser vice-campeão estadual
em 2004 e campeão do Brasil em 2005 é triste demais acompanhar o que vem
acontecendo nos últimos anos.
Desde 2007
são cinco rebaixamentos oficiais.
Há também
três títulos neste período, mas o saldo ainda é negativo.
O que o Paulista
poderia aprender com os anos de gestão profissional deixou passar por interesses
avessos aos do clube.
Na prática,
continuou sendo um clube profissional com espírito amador.
Ouviu-se
falar sobre uma renovação, uma nova mentalidade, até hoje nunca concretizada.
A tão
sonhada renovação do Conselho Deliberativo não aconteceu.
Era um dos
motes para a mudança.
Mas até
agora nada.
Por que?
Eu queria
ter essa resposta, mas também não sei.
O Paulista
mudou, mas continua amador.
Amar só o
clube não é garantia que haverá um bom trabalho.
Eu amo o
clube, mas não tenho competência para dirigi-lo.
Vou
continuar batendo nesta tecla, o Paulista é grande e tem capacidade ainda de
ser uma potência no futebol do estado de São Paulo. Nisso eu concordo.
Mas achar
que só a história ou a camisa vão ganhar jogos, vão trazer acessos, é inocente
demais.
É preciso ser profissional!
Enquanto
isso chegamos ao patamar mais baixo da história do clube.